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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um resumo da história do cordel

Foi um luso-holandês que inventou o cordel. O nome desse folheto se deu origem em Portugal, onde se penduravam os  folhetos em cordões, denominados cordéis. Alguns tinham peças teatrais como as de Gil Vicente. Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil, no início da colonização. Apartir do século XIX, com as suas próprias características, começaram a impressão de folhetos. Em seus temas incluem-se fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre muitos outros. As histórias do cangaceiro Lampião e o suicídio do presidente Getúlio Vargas, foram alguns dos cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Os cordelistas não tem limites para suas obras. Qualquer tema e qualquer assunto, praticamente, pode virar cordel nas mãos de um poeta competente. A literatura do cordel, aqui no Brasil, se encontra popularmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande Do Norte e Ceará. Os próprios autores vendiam seus cordéis em feirinhas e mercados. Atualmente também está presente em outros estados como Rio De Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Hoje os cordéis são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos próprios cordelistas.
Os poetas Leandro Gomes de Barros (1865-1918) e João Martins de Athayde (1880-1959) estão entre os principais autores do passado.
Todavia, este tipo de literatura apresenta vários aspectos interessantes e dignos de destaque:

As suas gravuras, chamadas xilogravuras, representam um importante espólio do imaginário popular;

Pelo fato de funcionar como divulgadora da arte do cotidiano, das tradições populares e dos autores locais (lembre-se a vitalidade deste gênero ainda no nordeste do Brasil), a literatura de cordel é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro;

Pelo fato de poderem ser lidas em sessões públicas e de atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disseminação de hábitos de leitura e lutam contra o analfabetismo;

A tipologia de assuntos que cobrem, crítica social e política e textos de opinião, elevam a literatura de cordel ao estandarte de obras de teor didático e educativo.

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